A produção de resíduos é uma consequência inevitável das atividades que levamos a cabo como seres humanos. Numa visão mais ampla, a produção de resíduos, como consequência de todas as atividades dos seres humanos e outros seres vivos, pode ser considerada como um aumento do conteúdo entrópico (nível de “desordem”) dos sistemas naturais. Em suma: quanto mais produzimos resíduos (que é uma forma de “desordem”), mais aumentamos o nível de entropia (que é uma medida do nível de desordem de um sistema).
Para distinguir a nossa era contemporânea das anteriores, existem fatores tais como um aumento significativo do consumo, uma diversificação muito ampla dos bens em circulação e um processo contínuo de formulação de novos compostos químicos sintéticos.
Estes fatores afetam tanto as quantidades como as características qualitativas dos resíduos sólidos, que são feitos de todos os resíduos produzidos pela comunidade (indivíduos, famílias, atividades comerciais e industriais, etc.). Os resíduos líquidos e gasosos são chamados, respetivamente, águas residuais e efluentes.
Em resumo: resíduos = resíduos sólidos (incluindo resíduos biológicos) + águas residuais + efluente.
Neste sentido, “resíduos” como termo não expressa qualquer juízo sobre a funcionalidade real dos bens e materiais ou sobre as suas características qualitativas, que ainda podem ser adequados para utilização; pelo contrário, representa uma vontade específica do detentor de se desfazer deles. Lembre-se: o desperdício é apenas o que decidimos deitar fora. Ou não deitar fora, e reutilizar.
Agora vamos tentar compreender, no parágrafo seguinte, porque estamos a produzir mais resíduos do que no passado.
Verifique na sua casa quantos objetos podem ser tratados como “desperdício” ou, pelo contrário, reutilizados por mais tempo ou de formas diferentes, dependendo da sua decisão pessoal.
